História do Jardim de Alah

História do Jardim de Alah

Por que conhecer o Jardim de Alah no Rio de Janeiro ? O que tem a ver com Caculé ?
Pensei muito se valeria a pena incluir um texto com uma breve informação sobre o parque, ou melhor, o Jardim de Alah localizado na Zona Sul Carioca, conectando os bairros de Ipanema, Leblon e Lagoa Rodrigo de Freitas.
A importância em conhecermos e registramos a história da nossa cidade, Caculé, vai além dos limites da cidade, pois, as influências externas foram um dos motores para o crescimento de Caculé.
Conhecermos a história,a origem dos locais e sua influência em nossa cidade, ajuda a compreendermos sua história e o momento histórico de sua construção.

A Praça J.J.Seabra foi concebida e construída por Miguel Fernandes à época que muito viajava à Capital Federal, no Rio de Janeiro.
Miguel Fernandes, que muito fez para o desenvolvimento de Caculé,  trazia para a cidade uma clara influência da capital federal.
Posteriormente a Praça J.J.Seabra sofreu grande mudança arquitetônica e paisagística no governo do Prefeito Luciano Ribeiro (DEM-BA).
Atualmente a Praça do Jardim, como ficou conhecida, mantem sua importância, sendo referência para a população.
Lojas, residências e o Banco Bradesco estão localizados na praça, que também é muito utilizada para lazer (inclusive à noite).

 

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Foto publicada no livro: Caculé de Miguelzinho
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Foto do Jardim de Alah, década de 1930, autor desconhecido.   É possível observar a semelhança arquitetônica e de paisagismo com a Praça J.J.Seabra (Praça do Jardim).

 

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Vista atual do canal e do Jardim de Alah  (a Lagoa abaixo e acima: margem esquerda do canal está o bairro de Ipanema e à direita o bairro do Leblon)

 

” O famoso canal, localizado entre Ipanema e Leblon, tem um passado de bonitas memórias. Antes de ser Jardim de Alah, o local era chamado por três nomes: Praça Grécia, Praça Couto Abel e Praça Saldanha da Gama.

O nome passou a ser Jardim de Alah depois que os jardins da área ficaram totalmente prontos, além da inspiração em um famoso filme da época ‘O Jardim de Alá’, lançado em 1936”, pontua o historiador Maurício Santos.

Os jardins ficaram prontos em 1938. O projeto foi baseado no trabalho do arquiteto francês Alfredo Agache para outros jardins. O responsável pela obra no Jardim de Alah foi o brasileiro David Xavier de Azambuja.
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O Canal, em si, que ligava a Lagoa Rodrigo de Freitas à praia é anterior ao Jardim. Ele foi construído na década de 1920, no intuito de deixar as águas da Lagoa mais salubre e evitar enchentes.

Pouca gente sabe, mas décadas atrás existiam gôndolas [como as de Veneza]que levavam pessoas através do canal até à Lagoa Rodrigo de Freitas”, pontuou o historiador Milton Teixeira à Rádio Globo.
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Além disso, entre 1950 e 1960 era possível alugar pedalinhos para se navegar pelo Canal, apreciando a vista do Jardim.

Em dezembro de 2003, durante a prefeitura de César Maia, o Jardim de Alah passou por uma grande reforma, pois estava em péssimo estado de conservação.

Contudo, anos depois os problemas de má conservação voltaram e hoje em dia, o Jardim de Alah está longe do melhor estado físico, se tornando menos atrativo do que deveria ser.

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A construção da Linha 4 do metrô, que tem a estação Jardim de Alah, é uma esperança de que a região volte a ser um ponto mais visitado pela população, o que não vem acontecendo com tanta intensidade.  ”  [1]

” Em 1920, quase 30 anos depois da proposta do projeto de transposição de suas águas, a Lagoa Rodrigo de Freitas recebeu as primeiras obras de saneamento. Foram construídos dois canais de comunicação com o mar, ambos projetados pelo engenheiro Saturnino de Brito.

O primeiro, para recolher as águas pluviais da serra do Corcovado, pela Avenida Visconde de Albuquerque. O segundo, o Jardim de Alah, com 140 metros de extensão, servia para a comunicação das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas com o mar, visando oxigenar, manter a salinidade e propiciar a ligação permanente, o que contribuía para diminuir o problema das enchentes. (…)

Durante a presidência de Washington Luís (1926-1930), o então prefeito Prado Júnior, decidido a implantar o estilo urbanístico de Paris no Rio de Janeiro, contratou o professor e o arquiteto francês Alfredo Agache, considerado “pai do urbanismo”.

Em Ipanema e no Leblon, o plano previa a construção e quadras residenciais com espaços arborizados para descanso e lazer. No governo Getúlio Vargas, entretanto, o plano foi revogado.

Na década de 1930, Ipanema ganhou finalmente um projeto urbanístico que propunha o nivelamento da faixa de areia e o ajardinamento na área mais próxima à avenida, com o plantio de mudas de coqueiros. É dessa época ainda a construção de duas piscinas públicas. Uma na ponta do Arpoador e outra no início da Avenida Niemeyer, no Leblon, que jamais fizeram sucesso e acabaram demolidas.

Os jardins do Calabouço, projetados por Agache, foram reinterpretados e implantados em Ipanema, em torno do canal, no Jardim de Alah, pelo paisagista David Xavier de Azambuja, sob as ordens do prefeito Henrique Dodsworth. O estilo arquitetônico art déco do original é perfeitamente identificável naquele parque, no qual a prefeitura procurava criar um lugar romântico, com cais e gôndolas para passeios na lagoa. Inaugurado em 1938, quando fazia sucesso nos cinemas do Rio o filme Jardim de Alah, com Marlene Dietrich, que acabou dando nome ao lugar.  ”  [2]

 

Em 2003, foi totalmente renovado pela Prefeitura do Rio, na administração do prefeito César Maia, sendo reinaugurado em 20 de dezembro daquele ano.

A estação Jardim de Alah do Metrô Rio, inaugurada em 30.7.2016, possui dois acessos: na esquina das avenidas Borges de Medeiros com Ataulfo de Paiva e outro na própria Ataulfo de Paiva, próximo à Rua Almirante Pereira Guimarães.  [4]

 

 


Fontes:

[1]   transcrição do site Diário do Rio: “História do Jardim de Alah e seu passado com gôndolas”  –  http://diariodorio.com/historia-do-jardim-de-alah/  –  acessado em 26.4.2017

[2]  transcrição de parte do livro: BALSA, Marilena. Ipanema de rua em rua : do Arpoador ao Jardim de Alah. Rio de Janeiro : Ed. Rio, 2005. P. 27-30.

[3]  blog Verde do Jornal O Globo online  –  http://blogs.oglobo.globo.com/blog-verde/post/a-historia-do-canal-do-jardim-de-alah-186735.html  –  acessado em 27.4.2017

[4]  matéria no Jornal G1: Com Temer e Pezão, Linha 4 do Metrô no Rio é inaugurada  –  http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/07/temer-participa-de-inauguracao-da-linha-4-do-metro-no-rio.html  –  acessado em 27.4.2017

 

 

 

 

 

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