Regionalismo – Expressões Regionais

REGIONALISMO:   palavra, locução próprias de uma região. = PROVINCIANISMO   [1]

”   O Brasil é um país com um território amplo e mesmo assim ainda possui uma língua única. Além de contribuir para uma grande diversidade nos hábitos culturais, religiosos, políticos e artísticos, a influência de várias culturas deixou na língua portuguesa marcas que acentuam a riqueza de vocabulário e de pronúncia. É importante destacar que as diferenças na nossa língua não constituem erro, mas são consequências das marcas deixadas por outros idiomas que entraram na formação do português brasileiro.
Entre esses idiomas estão os indígenas e africanos, além dos europeus, como o francês e o italiano. A influência desses elementos presentes em cada região do país, aliada ao desenvolvimento histórico de cada lugar, fez com que surgissem regionalismos, isto é, expressões típicas de determinada região.
Essa variedade linguística pode se manifestar na construção sintática – por exemplo, em algumas regiões se diz “sei não”, em outras “não sei”, mas a grande maioria dos regionalismos ocorre no vocabulário. Assim, um mesmo objeto pode ser nomeado por palavras, diversas, conforme a região.
Por exemplo: no Rio Grande do Sul, a pipa ou papagaio se chama pandorga; o semáforo pode ser designado por farol em São Paulo, e sinal ou sinaleiro no Rio de Janeiro.

Regionalismo é, na língua, o emprego de palavras ou expressões peculiares a determinadas regiões. Em literatura, é a produção literária que focaliza especialmente usos, costumes, falares e tradições regionais. ”    [3]

 

regionalismo

 

Observar que:  ” Expressão idiomática ou expressão popular é um conjunto de palavras que se caracteriza por não ser possível identificar seu significado mediante o sentido literal dos termos analisados individualmente. Desta forma, em geral, é muito difícil ou mesmo impossível traduzi-las para outras línguas, principalmente as menos semelhantes. ”  [4]

”  Uma expressão idiomática pode apresentar-se como sendo uma lexia simples, mas em geral são as lexias complexas ou as lexias textuais que fazem parte do repertório destas expressões. Elas representam uma combinação fixa de palavras onde cada elemento perde
seu sentido próprio para propor um sentido global, sentido figurado e conotativo, em geral. Uma expressão idiomática regional adquire uma conotação transmitida pela tradição cultural e histórica. Certas expressões figuradas fazem referência a uma noção reconhecida por uma coletividade, muito mais do que pela verossimilhança da relação entre uma imagem e o sentido produzido através desta imagem.  ”   [5]

 

ArianoSuassuna02


 

“Aooonde!” – Não mesmo!
“Bora bater um baba?” – Vamos jogar uma partida de futebol? (Vamos jogar uma pelada?)
“Broqueeeeeei!” – Eu me saí bem em alguma coisa (Mandei bem!)
“Deixe de chiada, rapaz!” – Pare de reclamar.
“Digaí, meu pai!” – E aí, cara!
“Êta zorra!” – Termo usado para expressar admiração.
“Mermão,  vou abrir o gás.” – Vou embora.
“Molhar a palavra.” –  Tomar uma bebida, como cachaça ou cerveja.
“Num tô cumeno nada disso.” – Não estou acreditando nessa história.
“Oxê!” – Abreviação do famoso “Oxênte” do baiano. Termo usado para expressar surpresa, espanto.
“Tô boiado.” – Estou muito cansado.
“Uma hora de relógio.” – Uma hora.


Abestado =  bobo, leso, tolo.
Amancebado =  amigado, aquele que vive maritalmente com outra.
Amarrado =  mesquinho; avarento.
Apontador =
Arretado =  tudo que é bom; bacana; legal.
Avalie =  imagine.
Avariado das idéias =  meio amalucado.
Avexado =  envergonhado.
Baba =  partida de futebol informal, tipo pelada.
Bater a caçuleta =  morrer.
Bodoque =
Bizonho =  triste, calado.
Brenha =  lugar longe de difícil acesso; escuro.
Briba / Biba =  pequena lagartixa.
Caçamba = caminhão basculante.
Caçambeiro =
Coxim =  selim de bicicleta e de moto.
Doce =  açúcar.
Esbagaçado =
Garupa =  bagageiro da bicicleta.
Grafite =
Jante =  aro (de metal) de uma roda de carro, moto, bicicleta ou caminhão.
Lapiseira =
Muriçoca =  mosquito, pernilongo.
Nó-cego =  pessoa complicada
Óleo =  diesel, óleo diesel.
Ozadia =  libertinagem, sacanagem.
Paulista =  é um tipo de corte de carne bovina, no Sudeste conhecido como Lagarto ou Tatu.
Pinha =
Piseiro =
Pocadão =  grande, enorme.
Pocar =  estourar, arrebentar
Pongar =
Pão de sal =  pão francês
Pró =  professora.
REFESA =  RFFSA.
Roça =  sítio, chácara; casa de campo sem a necessidade de possuir um pomar ou horta.
Roer beira de penico =  estar em fase ruim da vida, sem dinheiro, desempregado.
Trecho =

= mariposa.
= esperança

 

 

 

 

 


 

Referências e Bibliografia:

Identidade Cultura e Expressões Regionais, de Maria de Lourdes Netto Simões (ORG.) – http://www.uesc.br/editora/livrosdigitais2/identidade_cultural.pdf  –  acessado em 5.4.2016

Trabalho: MAS BAH, TCHÊ!  IDIOMATISMO E REGIONALISMO COMO MARCA DE DIFERENCIAÇÃO IDENTITÁRIA,  Maria Eugenia Malheiros Poulet,   Université Lumière Lyon 2  –  https://periodicos.ufpb.br/index.php/actas/article/download/14658/8310  – acessado em 5.4.2016

Blog “Conexão Linguística, A metodologia informal…” – página: Gírias e Expressões Regionais  – http://conexaolinguistica.blogspot.com.br/p/girias-e-expressoes-regionais.html  – acessado em 3.4.2016

Trabalho da EMEF Afonso Guerreiro Lima – Gincana Solidária:  Dicionário das Expressões Regionais  – http://pt.slideshare.net/jaqfranco/dicionario-de-expressoes-regionais  –  acessado em 5.4.2016

Blog Dicionário Popular das Gírias e Expressões, do pesquisador Prof. Elias Canuto Brandão  – http://dicionariopopular.blogspot.com.br/  – acessado em 5.4.2016

Matéria no jornal online G1: “De roupas a receitas, ‘baianês’ sai das ruas e inspira negócios em Salvador”  – http://g1.globo.com/bahia/aniversario-de-salvador/2016/noticia/2016/03/de-roupas-receitas-baianes-sai-das-ruas-e-inspira-negocios-em-salvador.html  –  acessado em 4.4.2016

Instituto Maria Quitéria – Expressões Sertanejas  – http://www.imaq.org.br/exibe_projeto.php?projeto=1  –  acessado em 5.4.2016

Blog Variações Linguísticas  – http://variacoeslinguisticas.blogspot.com.br/2011/01/falar-brasileiro-viva-adoniran-barbosa.html –  acessado em 5.4.16

site Dicionário de Expressões  – http://www.dicionariodeexpressoes.com.br/  – acessado em 5.4.2016

site iDireito online – Variação Linguística no Brasil (uma análise dos 8 mitos sobre preconceitos linguísticos)  –  http://idireitoonline.blogspot.com.br/2015/09/variacao-linguistica-no-brasil.html  –  acessado em 5.4.2016

 

Fontes:

[1] “regionalismo”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/regionalismo  – consultado em 5.4.2016.

[2]  Dicionário online DICIO.com.br  – http://www.dicio.com.br/regionalismo/  – acessado em 5.4.2016

[3]   Blog Variação Linguística – http://letrasmarques2013.blogspot.com.br/2013/08/regionalismos.html – acessado em 5.4.2016

[4]  site Dicionário de Expressões – http://www.dicionariodeexpressoes.com.br/ – acessado em 5.4.2016

[5]   Trabalho: MAS BAH, TCHÊ! IDIOMATISMO E REGIONALISMO COMO MARCA DE DIFERENCIAÇÃO IDENTITÁRIA, Maria Eugenia Malheiros Poulet, Université Lumière Lyon 2 – https://periodicos.ufpb.br/index.php/actas/article/download/14658/8310 – acessado em 5.4.2016