Os Tapetes Coloridos de Corpus Christi

A ornamentação de ruas e da Praça Matriz, para a celebração da Festa de Corpus Christi,  ganha vida e cores com a tradicional elaboração dos tapetes devocionais.
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foto no facebook ‘Católicos Caculeenses’, praça da Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus
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confecção do tapete para a festa de Corpus Christi de 2015

 

“Pó de serragem, farinha de trigo, tapioca vencida, terra de todas as cores, areia, folhas e plantas” eram os materiais normalmente utilizados para a confecção dos tapetes devocionais, patrimônio imaterial da cultura de Caculé e região.   [11]
“Antigamente os desenhos eram feitos à mão livre, sugeridos por pessoas como minha avó, Dona Odília Santos Ribeiro, que ajudou por mais de 30 anos.”   [11]
Atualmente são usados desenhos prontos e pó de serragem coloridos.
Os tapetes eram feitos nas ruas onde a procissão passava (começando umas 3 horas antes da procissão ou da missa), geralmente na Av. Cônego Miguel Monteiro, desde o Posto W3 até a Praça da Igreja Matriz.
Aproximadamente 20 pessoas, moradores da rua, faziam os tapetes, outras orientavam e muitas pessoas assistiam nos passeios.   [11]
” Minha avó – Dona Odília –  emprestava um terço enorme, de 2 metros, para montar no chão.   O povo armava altar com santos, vasos de flores, tapetes caros, castiçais caros, velas caras, imagens de santos…Muito lindo!  ”   [11]
O trabalho era dividido em grupos.   “Cada grupo ficava encarregado de arrumar as frentes de suas casas.  Eu como sempre fui elétrica, ia subindo a avenida ajudando, dando palpites, para não repetir desenhos.”   [11]
Somente o padre pisava nos desenhos, os fiés evitavam.

Atualmente o percurso é menor, ficando mais próximo da Igreja Matriz; uma das razões foram algumas quedas e acidentes com pessoas de idade.

 


 

“Os tapetes são uma verdadeira intervenção urbana que agrega e mobiliza a comunidade. A arte dos tapetes não tem limites, pois envolve artistas, não artistas, moradores da rua por onde passa o cortejo e colaboradores” segundo Cézar Teixeira, Chefe de Gabinete da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP)   [2]

Uma beleza construída com detalhes para uma vida breve, que se desfaz após a passagem da procissão. Talvez seja justamente por ser uma obra de arte efêmera que não pode ser dobrada nem guardada que atrai tanto a atenção de turistas, moradores e fotógrafos. É preciso  captar tudo com olhar atento a todo tipo de detalhe. E o que importa mesmo é  o processo de construção do tapete, a união de um povo — com um mesmo propósito de confeccionar sentidos e fé — que contribui para a manter a tradição. “Encanto aos olhos, tradição da cidade, história que faz parte do patrimônio, poéticas que são construídas. Uma intervenção artística e urbana que traduz essa relação com a fé”, completa Cézar.   [2]

 

Os tapetes de serragem têm sido, nas cidades de origem paroquial católica, uma expressão coletiva artesanal associada a cortejos em via pública. ….  os tapetes de serragem têm grande notabilidade na Semana Santa e manifestam-se como desenho em três distintas escalas –a do bairro, a da rua e a da casa– implicando em sentidos diversos para a memória coletiva e a divisão social do trabalho. A observação de sua execução permite perceber as ressignificações dessa tradição. Pode-se avaliar os princípios, técnicas e materiais utilizados, o que aponta para um saber que se incorpora como patrimônio imaterial da
comunidade.   [1]

O tapete de serragem é típico, no Brasil, das festas de Semana Santa, Corpus Christi e daquelas dedicadas aos santos padroeiros. Pressupõe-se haver, nas cidades em que comparece, uma forte religiosidade.   [1]

O tapete desperta interesse para investigação para além de seus aspectos iconográficos, presentes em toda sua extensão; ou cenográficos, por compor ambiência própria para um rito espetacularizado, ao longo das ruas perfiladas; mas também por manifestar maneiras de produção espacial que utilizam modos próprios de repropor momentaneamente a própria espacialidade da cidade, espacialmente mediante uma atividade coletiva de desenho.   [1]

 

A Religiosidade do Momento:

A SEMANA SANTA

Toda a Quaresma nos prepara para celebrar com as disposições necessárias a Semana Santa. Ela se inicia com a celebração da Entrada de Jesus em Jerusalém, o Domingo de Ramos. O povo simples e fervoroso aclama Jesus como Salvador.

O Domingo de Ramos é conhecido pela bênção de ramos de árvores e a aspersão da água benta.
Os ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi; bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Levados para as nossas casas, os ramos lembram-nos de que estamos unidos a Cristo no nosso caminho de calvário, mas que chegaremos à Ressurreição. Amém!

Na Missa dos Santos Óleos a Igreja celebra a Instituição do Sacramento da Ordem e a bênção dos santos óleos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos. Na Missa do Lava-pés, na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja celebra a Última Ceia de Jesus com os Apóstolos onde Ele instituiu a Sagrada Eucaristia e deu suas últimas orientações aos Apóstolos.

Na Sexta-Feira Santa a Igreja guarda o grande silêncio diante da celebração da morte do seu Senhor. Às três horas da tarde é celebrada a Paixão e Morte do Senhor. Em seguida, a Procissão do Senhor Morto por cada um de nós. Cristo não está morto, e nem morre outra vez, mas celebrar a sua Morte é participar dos frutos da Redenção.

Na Vigília Pascal a Igreja canta o “Exultet”, o canto da Páscoa, a celebração da Ressurreição do Senhor que venceu a morte, a dor, o inferno, o pecado. É o canto da Vitória.

Celebrar a Semana Santa é celebrar a vida, a vitória para sempre. É recomeçar uma vida nova, longe do pecado e em comunhão mais íntima com Deus. Esta é a Semana Santa que o mundo precisa celebrar para vencer seus males, suas tristezas, suas desesperanças.
Prof. Felipe Aquino    [10]

 

FESTA DE CORPUS CHRISTI

” A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.

A Festa de Corpus Christi é celebrada na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.
Prof. Felipe Aquino ”   [10]

 

História dos Tapetes no Brasil :
Sua confecção teve origem em Portugal e chegou ao Brasil com os imigrantes lusitanos, durante o período colonial. Aqui a técnica foi enriquecida pelo barroco.

Mariana, primeira capital de Minas Gerais, logo adotou o costume. Em 1745, por ordem de Dom João V, a região foi elevada à cidade (a primeira de Minas) e teve Dom Frei Manoel da Cruz nomeado como bispo (também o primeiro de Minas), o que aumentou sua população católica. Em 15 de outubro de 1748, Dom Frei Manuel entrou com todas as pompas em Mariana, iniciando uma das maiores festas realizadas na Capitania das Minas, o Áureo Trono Episcopal. “Foi nesta época que a população começou a se unir para confeccionar os famosos tapetes enfeitam as ruas do centro histórico da cidade”, relata Marcílio Vieira Queiroz, secretário de Cultura e Turismo de Mariana.   [3]

Fazer tapetes em ocasiões festivas chegou a nós por uma tradição européia, desde os cortejos triunfais romanos. Mas a relação de festivais religiosos com decoração urbana e práticas espetaculares está presente também no hinduísmo e em outras crenças. No barroco brasileiro esse caráter teve enorme expressividade.   [5]

 

Para o historiador do Iepha/MG, Francisco Mendonça Júnior, as comemorações religiosas pautam a organização das comunidades de forma que sua rotina passa a girar muito em torno destes eventos. Ele explica com a ideia de que haveria uma espécie de calendário sagrado, ou religioso, atuando paralelamente ao oficial (ou profano, ligado ao cotidiano). “Essas festividades religiosas marcam um momento em que as atenções são voltadas quase totalmente à devoção e ao reencontro das comunidades. É a hora eleita por aqueles membros que foram morar em outros locais para retornar e celebrar uma fé coletiva. Comemorações religiosas têm esse poder de vincular as pessoas e reforçar mecanismos de pertencimento em uma comunidade, mesmo que não haja a convivência cotidiana”, explica o historiador.   [4]
Tapetes de serragem com a representação de imagens sacras é uma tradição da Semana Santa. Uuma oficina realizada pelo artista plástico de Ouro Preto, Rodrigo Câmara, mostrou o costume para as crianças e os adultos no bairro Santa Teresa, em Belo Horizonte:


” Após a Sexta-Feira da Paixão … , o sábado tem sabor de interlúdio para meditação.
É na madrugada entre o sábado e o domingo, Shabat ressignificado, que se localiza o objeto/evento de nosso interesse; é quando as intenções da comunidade se voltarão para, num ato de fé, esperar pela ressurreição do Senhor até o amanhecer, dedicando a noite à execução do tapete, e reservando o domingo ao descanso.
Interessa muito verificar se, pela maneira como é construído e usado, o tapete possa fazer emergirem memórias sobre a cidade, na forma de antigas relações de apropriação do espaço, mediante a performance coletiva.
Por exemplo, fazendo reascender papéis sociais –e suas relações de localidade afetual (BIÃO), de topofilia (TUAN)– que pareciam desaparecidos, tendo sido apenas silenciadas
no cotidiano. Visto que a própria construção do tapete, ato festivo durante a madrugada, ocorre de maneira socialmente acordada e constitui em si um espetáculo, é esperado que ele atue como um meio de atualização de memórias:
“la performance también funciona como una epistemología, como un modo de comprender, como um conocimiento” (TAYLOR, 2003).
Várias maneiras diferentes são empregadas na criação do tapete, o que em si constitui espetáculo admirável, e motivam a uma urgente taxonomia da técnica, em razão da constante introdução de novos materiais e seus procedimentos de trabalho mais favoráveis (como borrachas coloridas, papéis laminados metalizados etc.), o que significa que a tradição está se atualizando.
De fato, o próprio uso da serragem já representou uma introdução, pois a apenas 40 anos o uso corrente era de folhagens e flores. O vibrante colorido se deve à presença ainda mais recente de anilinas sintéticas, outro avanço rapidamente incorporado em substituição à parca paleta obtida antes pelo uso do pó Xadrez. Por sua vez, o escasseamento de madeiras de cerne claro, mais dóceis ao corte e preferidas pela indústria moveleira, indica que os matizes de vermelho ganharão cada vez mais espaço diante dos amarelos. Em compensação, o azul tem ótima representação por meio da raspa de couro, mas esta comparece em quantidades menos expressivas que o subproduto do trabalho das serrarias.”    [6]

 


Videos de tapetes pelo Brasil:

 
http://g1.globo.com/minas-gerais/videos/v/tapetes-de-serragem-mantem-tradicao-de-celebracao-de-corpus-christi-em-bh-e-em-sabara/4229494/

 



 

Fontes:

[1]   artigo TAPETE DE SERRAGEM DA SEMANA SANTA EM OURO PRETO:
DESENHOS, ESCALAS E SIGNIFICADOS – autor: Esequias Souza de Freitas –
IFBA-Instituto Federal de Educação da Bahia  – http://wright.ava.ufsc.br/~grupohipermidia/graphica2013/trabalhos/TAPETE%20DE%20SERRAGEM%20DA%20SEMANA%20SANTA%20EM%20OURO%20PRETO%20DESENHOS%20ESCALAS%20E%20SIGNIFICADOS.pdf – acessado em 19.3.32016

[2]   http://revistasagarana.com.br/paixao-e-fe/  –  acessado em 22.3.2016

[3] site  do IPHEA / MG – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais  – DEVOÇÃO DE FÉ CRISTÃ NOS TAPETES DE SERRAGEM   – http://www.iepha.mg.gov.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=637 –  acessado em 21.3.2016

[4]   site do IPHEA / MG – FÉ E CULTURA POPULAR NA SEMANA SANTA – http://www.iepha.mg.gov.br/banco-de-noticias/793-iephamg-apresenta-fe-e-cultura-popular-na-semana-santa – acessado em 20.3.2016

[5]   artigo TAPETE DE SERRAGEM DA SEMANA SANTA: ASPECTOS DESENHÍSTICOS
DE UMA TRADIÇÃO DA CIDADE DE OURO PRETO   – autor: Esequias Souza de Freitas
Especialista, UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana-BA  – http://www.unicamp.br/chaa/eha/atas/2008/DE%20FREITAS,%20Esequias%20Souza%20-%20IVEHA.pdf –  acessado em 22.3.2016

[6]   transcrição do artigo TAPETE DE SERRAGEM DA SEMANA SANTA: ASPECTOS DESENHÍSTICOS DE UMA TRADIÇÃO DA CIDADE DE OURO PRETO – autor: Esequias Souza de Freitas Especialista, UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana-BA – http://www.unicamp.br/chaa/eha/atas/2008/DE%20FREITAS,%20Esequias%20Souza%20-%20IVEHA.pdf – acessado em 22.3.2016

[7]   trabalho: Paisagem Cultural do Itinerário dos Tapetes de Serragem da Semana Santa – autor: Esequias Souza de Freitas  – http://www.forumpatrimonio.com.br/paisagem2014/artigos/pdf/106.pdf – acessado em 22.3.2016

[8]   artigo DO ENCONTRO DE DIFERENTES A UMA FESTA DE IGUAIS: UMA ANÁLISE DA SOCIEDADE PORTUGUESA NAS FESTAS ENTRE OS SÉCULOS XV E XX – autor: Pedro Henrique Victorasso – Mestrando em História – UNESP – http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/viewFile/15004/11579 –  acessado em 22.3.2016

[9]   página do Diário do Sisal  – http://www.diariodosisal.com.br/pg-noticia.php?id=11605&cat=24&sub=171&dest=9  –  acessada em 22.3.2016

[10]   página da Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Caculé – https://scjcacule.wordpress.com/ –  acessado em 23.3.2016

[11]   entrevista com Solange Graia, em 22.3.2016

 

 

 

 

 

 

Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus

Em 1860, Dona Rosa doou um terreno  ao “Sagrado Coração de Jesus” para ser erguida uma capela sob essa invocação.
A paróquia Sagrado Coração de Jesus de Caculé foi fundada em 1902 e é pertencente à diocese de Caetité.

 

Filmado em maio de 2015:

 

Vista aérea da cidade  - BA28217
foto aérea, sem data, com a antiga igreja matriz, cine teatro Eng. Dórea, o Paço e parte da cidade, disponível no IBGE

A História:

Em 1860, Dona Rosa doou um terreno ao Sagrado Coração de Jesus para ser erguida uma capela sob essa invocação, no local onde, atualmente, se ergue a cidade. No entanto, a ideia de construir essa primeira capela foi de Dona Ana Tereza, mãe de Dona Rosa.
Com a morte da sua genitora que não teve a satisfação de ver o seu ideal religioso concretizado, Dona Rosa se empenhou para a construção desse sonho.
Com o término das obras, a primeira missa foi celebrada pelo Padre Joaquim Pedro Garcia Leal, sobrinho de Dona Rosa Prates e Vigário de Umburanas.
Além disso, Dona Rosa Prates também fez um testamento dando alforria para todos os seus escravos da Fazenda, além de deixar vários pedaços de terra entre todos eles, afim de que os mesmo pudessem se manter após a sua morte. [3]

Com a construção da Capela, a alforria dos escravos que tinham terra para plantar, juntamente com a presença da estrada real que cortava a região e dava acesso aos viajantes, se formou ali, com o passar do anos, um vilarejo que foi se desenvolvendo de forma promissora.
Assim, em 23 de julho de 1880, essa região do Santíssimo Coração de Jesus de Caculé foi eleva a “Distrito de Paz” por meio da Lei Provincial de n° 2.093.
Vinte e dois anos depois, em agosto de 1902, devido ao amplo progresso da região de Caculé, a sede da freguesia foi transferida para lá por ato do Arcebispo da Bahia na época, Dom Jerônimo Tomé da Silva. [3]

 

 


O Pároco:

Padre Gilvan Pereira Rodrigues, atual pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus de Caculé e administrador da diocese de Caetité-BA, completa 16 anos de vida sacerdotal* no dia 17 de outubro de 2015, exercendo esse sublime ministério com sabedoria e de coração aberto.

“Nós o parabenizamos neste dia tão especial para o senhor e para nós que temos o grato privilégio de fazer parte de sua jornada missionária. Agradecemos pelo seu contínuo zelo e louvamos a Deus pelo dom de sua vida. Que o Espírito Santo o ilumine sempre, também concedendo-lhe saúde e paz.
Padre Gilvan, parabéns! Abraço carinhoso.
Pastoral da Comunicação Diocesana”  [4]

* Vale lembrar que padre Gilvan fez aniversário natalício no dia 19 de setembro. [4]

O Colégio de Consultores da Diocese de Caetité, reunido no dia 4 de agosto de 2015, no CTL, em Caetité, escolheu o Administrador Diocesano para o período de Sede Vacante.
O escolhido foi o Padre Gilvan Pereira Rodrigues, 42 anos de idade e 16 anos de ministério, pároco de Caculé e até então Coordenador Diocesano de Pastoral.
“Que a Palavra do Santo Evangelho da liturgia de hoje lhe motive e fortaleça: “Não tenham medo! Sou eu mesmo!” disse o Senhor aos discípulos medrosos no meio do mar…
Padre Eutrópio”

 


 

A Paróquia:

endereço: Praça Coração de Jesus, 125
Pároco: Padre Gilvan Pereira Rodrigues
Secretário paroquial: Denis Silva Lopes, substituindo Matheus Souza, que ficou na função até dezembro de 2014.

 

 

 


 

Sagrado Coração de Jesus

A devoção ao Coração de Jesus existe desde os primeiros tempos da Igreja, desde que se meditava no lado e no Coração aberto de Jesus, de onde saiu sangue e água. Desse Coração nasceu a Igreja e por esse Coração foram abertas as portas do Céu.

A devoção ao Coração divino de Jesus Cristo começou a ser praticada, em sua essência, já no início da Igreja, pois os Santos tiveram muito presente, ao honrar a Jesus Cristo, que tinha manifestado seu Coração, símbolo de seu amor em momentos augustos. Contudo, esta devoção, em sua forma atual, deve-se às revelações que o próprio Cristo fez a Santa Margarida Maria (1649-1690), sobretudo quando em 16 de junho de 1657, descobrindo seu Coração, disse-lhe:

“Eis aqui este Coração que amou tanto aos homens, que não omitiu nada até esgotar-se e consumir-se para manifestar-lhes seu amor, e por todo reconhecimento, não recebe da maior parte mais que ingratidão, desprezo, irreverências e tibieza que têm para mim neste sacramento de amor”.

Oferecimento ao Sagrado Coração de Jesus – Meu dulcíssimo Jesus, que em vossa infinita e dulcíssima misericórdia prometestes a graça da perseverança final aos que comungarem em honra de vosso Sagrado Coração as nove primeiras sextas feiras do mês seguidos: recordai a vossa promessa, e a mim, indigno servo vosso, que acabo de receber-vos sacramentado com este fim e intenção, concede-me que morra detestando todos os meus pecados, esperando em vossa inefável misericórdia e amando a bondade de vosso amantíssimo Coração. Amém.

Promessas do Sagrado Coração de Jesus – Principais promessas feitas pelo Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida de Alacoque: às almas consagradas a meu Coração, lhes darei as graças necessárias para seu estado;darei paz às famílias; as consolarei em todas suas aflições; serei seu amparo e refúgio seguro durante a vida, e principalmente na hora da morte; derramarei bênçãos abundantes sobre seus projetos; os pecadores encontrarão em meu Coração a fonte e o oceano infinito de misericórdia; as almas tíbias se tornarão fervorosas; as almas fervorosas serão rapidamente elevadas a grande perfeição; abençoarei as casas em que a imagem de meu Sagrado Coração estiver exposta e for honrada; darei aos sacerdotes a graça de mover os corações empedernidos; as pessoas que propagarem esta devoção, terão escrito seu nome em meu Coração e jamais será apagado dele; a todos os que comungarem nove primeiras Sextas-feiras do mês contínuos, o amor onipotente de meu Coração lhes concederá a graça da perseverança final.

A grande promessa: a Eucaristia – Entre as muitas e ricas promessas que Jesus Cristo fez aos que fossem devotos de seu Sagrado Coração, sempre chamou a atenção a que fez aos que comungassem em sua honra as nove primeiras sextas-feiras do mês seguidos. É tal, que todos a conhecem com o nome da Grande Promessa.  [1]

 


 

 

Fontes:
[1]   site da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Caculé – https://scjcacule.wordpress.com/sobre/   –  acessado em 8.3.2016
[2]  livro “Caculé de Miguelzinho”
[3]   site Wikipedia, página de Caculé – https://pt.wikipedia.org/wiki/Cacule – acessado em 10.3.2016
[4]  site da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Caculé  – https://scjcacule.wordpress.com/ – acessado em 10.3.2016

 

 

 

 

 

O Ciclo / Queima de Arquivo – o 1º filme caculeense

O primeiro filme (curta metragem) filmado em Caculé e Rio do Antonio, em 1967, com os atores Gessy Gesse (ex-esposa de Vinícius de Moraes) e Carlos White, Arnunice Sapucaia;  dirigido por Cliton Vilela com argumento de José Teles, baseado num conto de Ricardo Cruz.

 

” O curta-metragem Queima de Arquivo, de Cliton Vilela, e o longa O Pistoleiro, de Oscar Santana, são as atrações da próxima edição do projeto Quartas Baianas, no dia 20 de setembro, às 20 horas, na Sala Walter da Silveira (Biblioteca Pública dos Barris).

Os filmes abordam questões do imaginário nordestino, com suas disputas de poder e regras sociais próprias. O curta Queima de Arquivo, do experiente diretor Cliton Vilela, por exemplo, retrata com um olhar realista as leis criadas e impostas pelos coronéis do Sertão da Bahia, tendo como ponto de partida o caso da destruição misteriosa de arquivos e documentos políticos. ”  [2]

 

” O Jornal da Bahia, de 10 de setembro de 1966,  … comenta o filme que está sendo produzido por Clinton Vilela, Histórias de Amor e Ódio:

” O copião do primeiro episódio, Palafitas, dirigido por José Teles, foi exibido na manhã de ontem para um grupo de convidados;   e para o segundo episódio, O Ciclo, já está confirmado o retorno de Gessy Gesse às lides cinematográficas.   Ela fará a principal personagem feminina.”

O terceiro episódio, Véspera de Jogo, “[…] adaptação de um conto de Ariovaldo Matos, direção de Orlando Sena [sic], provavelmente começará a ser rodado a partir de outubro.”
Mais adiante, em 20 de outubro, o Diário de Notícias complementa e estabelece dúvidas sobre a autoria de O Ciclo , informando que o curta metragem foi “[…] dirigido por Cliton [sic] com argumento de José Teles, baseado num conto de Ricardo Cruz, com Echio Reis, Milton Gaúcho e Gessy Genes, filmado totalmente em Caculé.”  [4]

Sobre o diretor Cliton Vilela:  é realizador, diretor, de curtas e diretor de fotografia pernambucano, radicado em São Paulo.

 

Fontes:
[1]  informação oral do ator Carlos White
[2]  página do Jornal A Tarde, caderno Cultura de 19.9.2006  – http://atarde.uol.com.br/cultura/noticias/1098698-quartas-baianas-exibe-filmes-de-clinton-vilela-e-oscar-santana – acessado em 2.3.2016
[3]  site Cinemateca Brasileira do Ministério da Cultura  – http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=FILMOGRAFIA&lang=P&nextAction=search&exprSearch=ID=029358&format=detailed.pft – acessado em 2.3.2016
[4]  livro “Dona Flor da Cidade da Bahía”, de Benedito Veiga, Editora 7 Letras, 2006

 

 

 

Antônio Pinheiro

Antônio Oscar Pinheiro nasceu em Caculé em 9 de setembro de 1923, residindo há muitos anos em Belo Horizonte, MG.

Foi vereador na capital mineira entre 1989 e 2008 e Deputado Estadual entre 1993 e 1995 (suplente), pelos partidos PSDB e PSB, é também cidadão honorário de Belo Horizonte.

 

Co-fundador da Associação dos Catadores de Papel, Papeção e Material Reaproveitável – ASMARE, importante associação de ações sustentáveis que é referência mundial.
Co-fundador juntamente com o Padre Cornélio Killa, das Casas do Homem de Nazaré.
Foi presidente da associação da paróquia de Santana e junto com o Padre Mario Monieri, urbanizou a favela do Cafezal levando água, luz e esgoto, além de construir o centro comunitário. Com seus próprios recursos, construiu dezenas de barracos de alvenaria e ainda hoje fornece auxílio aos moradores da favela.  [1]
Em 10.8.2011 recebeu o  Título de Cidadania Honorária da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte – CMBH.  [2]
Acesse o link do video, clicando em http://camarabh.overseebrasil.com.br/bhimprensa/reunioes_solenes/ano2011/agosto/solene_100811.wmv  [7]

 

Título condecorativo do Vaticano concedido pelo Papa João Paulo II, devido à sua atuação nas lutas em prol da justiça e junto às comunidades carentes:
Título condecorativo do Vaticano concedido pelo Papa João Paulo II, devido à sua atuação nas lutas em prol da justiça e junto às comunidades carentes

 

Depoimento do filho Chico Pinheiro sobre os pais:
“Antônio Oscar Pinheiro, topógrafo, 84 anos, agora em setembro, vai fazer, vereador de Belo Horizonte. Vereador depois dos 66 anos, um vereador por amor ao Brasil e à causa pública. Um vereador que é um político absolutamente diferente do que eu conheço, não é porque é meu pai, mas é mesmo, na contra mão da história, dos privilégios, que entende a política como “dimensão especial do serviço”. E ele que é muito católico, “como espaço privilegiado para o exercício da caridade”. A caridade no sentido mais amplo disso, de doação. Pro papai ser político é uma forma de entrega, tanto é que nem salário ele recebe, não gosta de receber, não leva vantagens nessas coisas.
E minha mãe, nascida em Dores do Indaiá, foi professora, era filha de uma diretora de grupo escolar mineiro. Minha mãe, Ester Montijo de Melo Pinheiro, de Dores do Indaiá, que viajou, passou pela morte ano passado, em fevereiro. E que adorava ouvir as músicas de Minas e gostava muito de cantar. O pai dela tocava flauta e tinha, ela falava que era uma jazz band, porque no interior de Minas tinha essas jazz band, que eu não sei o que é. Tocava chorinho, tocava uma flauta linda de prata. E mamãe gostava muito de cantar. Gostava muito de cantar “Travessia”, gostava muito de cantar “Maria, Maria”.”   [3]

Antonio Pinheiro com Tidá Hilda Pinheiro - tweet

 

No dia 3.7.2013, durante a tarde, o senhor Antônio Pinheiro, ex vereador da capital e cidadão honorário de Belo Horizonte, nos concedeu essa pequena entrevista onde conta como funciona a câmara dos vereadores de BH e todas as suas regalias!   [5]

 

FREI BETTO – Artigo: Ensina a Teu Filho, no jornal  O Estado de S. Paulo:
“(…) Ensina a teu filho que neste país há políticos íntegros como ANTÔNIO PINHEIRO, pai do jornalista Chico Pinheiro, que revelou na mídia seu contracheque de parlamentar e devolveu aos cofres públicos jetons de procedência duvidosa.”
texto na íntegra:
http://zamorim.com/textos/ensinaateufilho.html

 

 
Em julho de 1989 foi preso pelo Dops:
19julho1989 - Atuação em defesa dos sem-casa, quando foi detido e levado ao Dops

facebook 30set2012

 

registra procuração em cartório comprometendo-se a doar todo seu salário de vereador

 

Fontes:
[1]  página oficial no Facebook – https://www.facebook.com/Ant%C3%B4nio-Pinheiro-Oficial-404368619620984/ – acessado em 1.3.2016
[2]  página da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte – CMBH – acessado em 2.3.2016
[3]  site do Museu Clube da Equina – http://www.museuclubedaesquina.org.br/museu/depoimentos/chico-pinheiro-2/  – acessado em 1.3.2016
[4]  site UOL, Políticos do Brasil – http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/2008/vereador/09091923-antonio-pinheiro.jhtm  – acessado em 2.3.2016
[5]  Youtube – https://youtu.be/TIzgOdbowq0
[6]  Jornal O Tempo, 20.11.2013  – http://www.otempo.com.br/suplentes-pedem-cassa%C3%A7%C3%B5es-de-l%C3%A9o-burgu%C3%AAs-e-de-pablito-1.749065
[7]  página da CMBH – Antônio Pinheiro é homenageado na Câmara Municipal  – http://www.cmbh.mg.gov.br/noticias/2011-08/antonio-pinheiro-e-homenageado-na-camara-municipal- acessado em 2.3.2016
[8]  blog do PSDB-MG – https://psdbminas.wordpress.com/2014/07/10/pimenta-da-veiga-recebe-apoio-de-ex-vereadores-da-capital/  – acessado em 2.3.2016
[9]  arquivo de fotos de Antonio Pinheiro.

 

 

 

Construção em Adobe

O adobe é um material vernacular, ou seja, os recursos e matéria-prima utilizados são ‘retirados’ do próprio local onde foi construído o adobe, usado na construção civil.
É considerado um dos antecedentes históricos do tijolo de barro e seu processo construtivo é uma forma rudimentar de alvenaria.
Adobes são tijolos de terra crua, água e palha e algumas vezes outras fibras naturais, moldados em fôrmas por processo artesanal ou semi-industrial. [1]

Atualmente, com estudos e novas técnicas, o uso do adobe está se expandindo e construções modernas e sustentáveis se espalham pelo Brasil e pelo mundo !


A construção feita com este tijolo torna-se muito resistente, e o interior das casas muito fresco, suportando muito bem as altas temperaturas. Em regiões de clima quente e seco é comum o calor intenso durante o dia e sensíveis quedas de temperatura à noite, a inércia térmica garantida pelo adobe minimiza esta variação térmica no interior da construção. [1]

Apesar da redução no uso do adobe, este ainda é usado em várias regiões do Brasil, principalmente na norte e nordeste. Também em Minas Gerais e Goiás é possível encontrar muitas casas em adobe. [1]

Infelizmente muitas casas populares de adobe são construídas sem os cuidados necessários (especificados acima) gerando rápida degradação do material e conferindo a impressão de ser o adobe um material ineficiente. [1]

No entanto a história já o comprovou um material de grande durabilidade, inclusive nas cidades históricas brasileiras, como Ouro Preto e Pirenópolis, que ainda possui muitas casas de tijolos de adobe. [1]

As construções de adobe devem ser executadas sobre fundações de pedra comum, xisto normalmente, cerca de 60 cm acima do solo, para evitar o contato com a umidade ascendente (infiltração), que degradaria o adobe. Da mesma forma é importante a construção de coberturas com beirais a fim de proteger as paredes das águas de chuva.
As paredes devem ser revestidas para maior durabilidade.
É recomendada a construção de adobe no período de seca, pois o tijolo não deve ser exposto à chuva durante o processo de cura, uma vez que a argila dissolve-se facilmente. No entanto, depois da construção coberta, ele resiste sem problema algum, com grande durabilidade. [1]

 

 

Preparação e construção:
A preparação do adobe é feita em solo argiloso. Faz-se um buraco perto do local da obra onde há solo apropriado, colocando-se água. Depois, amassa-se com os pés até sentir que tem boa liga. O barro é posto em fôrmas de madeira com as dimensões de 40 cm de comprimento, 20 cm de largura e 15 cm de altura. A fôrma é molhada antes de se colocar a argila. Depois, realiza-se um processo de secura por 10 dias, virando-o a cada 2 dias. [1]


Vantagens do uso do adobe: [1]
Baixo custo
Conforto térmico
Uso de material regional
Pode ser preparado no próprio local da construção
Rapidez na preparação dos tijolos
Sustentável

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Metade da população mundial vive em casas de terra. A grande maioria em regiões de extrema pobreza da África. Mas não só. A técnica aparece em cidades históricas brasileiras, como em casarios de Ouro Preto, MG, em endereços pouco ou nada associados à escassez de recursos, como na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, num hotel cinco estrelas em Sydney, em bairros inteiros franceses e residências vanguardistas na Alemanha e na Áustria.  [3]

Origem: [2]
Um dos mais antigos materiais de construção, foi utilizado pelas civilizações do Antigo Egito e Mesopotâmia.
O adobe consiste em uma técnica anterior ao tijolo queimado em olaria (cerãmica).
Com a industrialização, no século XIX, as técnicas em arquitetura em terra foram, aos poucos, sendo abandonados.
O adobe chega ao Brasil com os portugueses, no período colonial, quando a mão-de-obra era escrava e os materiais para construção de moradias eram precários.
Foi muito utilizado em construções no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, inclusive em igrejas.
Teve predominância nos engenhos e cidades rurais no século XVI.
Construções em Caculé, antigas, de arquitetura típica e historicamente importante:

 

Construções modernas com adobe, em vários países no mundo, inclusive no Brasil:

 

 

Fontes:
[1] Wikepedia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Adobe – acessado em 29.2.2016
[2] Artigo “Técnica Construtiva: Adobe” de Paula Bianchi – http://pt.slideshare.net/abianchipaula/arquitetura-do-brasil-adobeequipe-14 – acessado em 29.2.2016
[3]  Artigo “Adobe, matéria-prima tão antiga, pode ser alternativa para o futuro” – http://casa.abril.com.br/materia/adobe-materia-prima-tao-antiga-pode-ser-alternativa-para-o-futuro  – acessado em1.3.2016

 

 

Chico Pinheiro

O jornalista Francisco de Assis Pinheiro, mais conhecido como Chico Pinheiro, é filho do topógrafo Antônio Oscar Pinheiro (caculeense, e ex-vereador em Belo Horizonte por cinco mandatos ) e da professora Ester Gontijo Melo Pinheiro (de Dores do Indaiá, MG),  nasceu na cidade de Santa Maria da Boca do Monte, no Rio Grande do Sul, em 17 de junho de 1953.
Criado em Minas Gerais, chegou a estudar engenharia na Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG), mas abandonou o curso no quarto ano. Formou-se em jornalismo pela mesma universidade em 1976.

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” Local de nascimento é Santa Maria e isso é muito engraçado. Eu me sinto mineiro, eu sou mineiro, naquele velho ditado que Minas é um Estado de espírito, não é geográfico.
Uma vez eu estava viajando aqui pra São Paulo de avião, e o avião estava vazio, e tinha um senhor assim, perto de mim. Ele veio, sentou ao meu lado e falou: “Oi Chico, tudo bom?” Bem, eu conhecia o cara. Aí ele falou assim:
“Pois é sô, a gente nunca conversou, que coisa, que trem”, aquele bem mineiro mesmo. “Você é filho de quem mesmo?” Eu falei: “De seu Antônio e a dona Ester”. “É, de onde é que a dona Ester?”. “Dores do Indaiá” “Qual é a família dela?” “Família Melo, Gontijo de Melo, tal” “E teu pai?” “Meu pai nasceu na Bahia, divisa com Minas, foi criado lá no Jequitinhonha”.
“E você, onde é que você nasceu mesmo?”. Eu falei: “Eu nasci em Santa Maria”. “Do Suaçuí?” (risos) Eu falei: “Não”. “Ah, do Itabira?” (risos) Eu falei: “Não”. “Do Salto?” E eu falei: “Não”. Ele foi falando, desfiando todas as cidades Santas Marias que existem em Minas Gerais e perguntou: “Mas que Santa Maria é essa que eu não conheço?” Eu falei: “Ô José Aparecido; é Santa Maria da Boca do Monte”. Ele falou: “Meu Deus do céu, isso é no Rio Grande do Sul!” Eu falei: “É…” “Ué, como é que você foi parar lá?” (risos) Eu falei:
“Eu não fui parar lá, quem foi parar lá foi minha mãe e meu pai. Meu pai é topógrafo e tinha recém casado e foi fazer um trabalho lá no Rio Grande do Sul, em Santa Maria, levou minha mãe. Minha mãe já estava grávida, chegou a hora de eu nascer e eu nasci lá.” “E daí, você conhece lá?” Falei: “Eu não conheço”. “Você tem parente lá?” Falei: “Não”. “Só nasceu?”
Falei: “Só nasci. Minha mãe correu de volta pra Belo Horizonte pra pedir ajuda pra criar eu”. (risos)
Ele falou assim: “Nossa, você não tem culpa nenhuma! (risos) Pelo histórico familiar, você é mineiro”, disse o José Aparecido. (risos) “Então, quando alguém te perguntar onde é que você nasceu, você diz: ‘Santa Maria’. A pessoa fala: ‘Do Suaçuí?’ Aí você desconversa, muda de assunto, que você não tem culpa nenhuma de ter nascido no Rio Grande do Sul”. (risos) Então, eu não tenho culpa nenhuma de ter nascido no Rio Grande do Sul. E eu sou mineiro, porque, não sei, eu não tenho nada ver com o Centro de Tradições Gaúchas. ”  [2]

Chico Pinheiro morou no tradicional bairro Floresta em Belo Horizonte, até os 12, 13 anos. Depois morou na Serra.
Quando casou, em 1977, morou no Sion e depois no Funcionários. Em 1992 mudou-se para São Paulo.
Como Chico contou: “Vim pra São Paulo, não; vim pra São Paulo, mas continuo em Minas.” [2]

Antonio Pinheiro com Tidá Hilda Pinheiro - tweet
tweet de 28.6.2015    [4]

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Chico Pinheiro já apresentou o Bom Dia São Paulo, o Jornal da Globo e o SPTV-1ª edição. Hoje é apresentador do Bom Dia Brasil, comanda o programa Sarau na Globo News, é apresentador-substituto do Jornal Nacional e comanda o Estúdio Globeleza no desfile das escolas de samba de São Paulo.    [1]

Na Bandeirantes, trabalhou entre (1992-1995). No mesmo ano foi contratado pela rede Record e no ano seguinte foi trabalhar na rádio CBN, onde permaneceu até 1997.  [3]
Chico é conselheiro e torcedor declarado do Clube Atlético Mineiro e também é conselheiro do Instituto Ayrton Senna.
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Durante a transmissão do Carnaval de São Paulo de 2017, Chico Pinheiro saúda Caculé!

Chico Pinheiro parabeniza Caculé no Bom Dia Brasil da Rede Globo, no aniversário de 98 anos, dia 14.8.2017:

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Fontes:
[1]  Memória Globo – http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/chico-pinheiro/trajetoria.htm – acessado em 1.3.2016
[2]  Depoimento ao Clube da Esquina – http://www.museuclubedaesquina.org.br/museu/depoimentos/chico-pinheiro-2/  – acessado em 1.3.2016
[3]  site Terceiro Tempo – http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/chico-pinheiro  – acessado em 1.3.2016
[4]  tweet de Chico Pinheiro – https://twitter.com/chico_pinheiro/status/615280150784180224  – acessado em 1.3.2016